Nessa sexta-feira (11), aconteceu o Tribunal de Júri em Xanxerê, que julgou Irene Kujiv da Silva, de 79 anos. Após 12 horas de julgamento, Irene foi condenada por provocar aborto que gerou a morte da jovem Josiane Germiniano da Silva, que era gestante de 17 semanas. A jovem era mãe de outras duas filhas, que […]
Nessa sexta-feira (11), aconteceu o Tribunal de Júri em Xanxerê, que julgou Irene Kujiv da Silva, de 79 anos.
Após 12 horas de julgamento, Irene foi condenada por provocar aborto que gerou a morte da jovem Josiane Germiniano da Silva, que era gestante de 17 semanas. A jovem era mãe de outras duas filhas, que hoje tem 13 e 14 anos, que agora moram com os avós.
O relato da mãe da Josiane é bastante forte. Ela conta que no dia 28 de outubro passou mal, foi para o Hospital, passou a noite aguardando atendimento e pela manhã foi internada, chegou a expulsar o feto do corpo e segundo orientação do médico, ela precisava ir para o centro cirúrgico pois a placenta não sairia sozinha. Ela morreu na mesa de cirurgia.
– De manhã veio o doutor e ela estava ainda na emergência quando o bebê nasceu. O cheiro era muito forte e o médico me chamou pedindo se a minha filha teria comentado comigo. Eu pedi pra ela quem tinha feito aquilo e ela só me disse “A Irene”. Levaram ela pra cirurgia e ela não voltou mais – diz.
Depois que Josiane morreu, a mãe conta que encontrou dentro do carro da filha uma muda de roupa e um papel com um número de telefone. Na calça, a mãe disse que tinha sangue na região íntima. Por curiosidade, a mãe ligou no telefone e um homem atendeu e disse que era da casa da Dona Irene.
– Eu pedi onde era essa casa e ele me falou que era numa casa verde de esquina, no Bairro Colatto – disse.
Durante o júri, foram divulgados detalhes do caso e segundo a equipe médica teria repassado, o aborto teria acontecido introduzindo algo dentro do útero, como uma agulha de tricô ou um arame longo.
Irene foi condenada a dois anos de reclusão em regime aberto.