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Lance Notícias | 14/09/2017 10:23

14/09/2017 10:23

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Mulher que atua como árbitra assistente conta os desafios e prazeres da profissão

O amor ao esporte fez Ericles Izaura Artuzi, de 21 anos, que reside em Xanxerê se tornar a árbitra assistente. Ela iniciou as atividades, em 2013 por meio de convites e hoje atua em diversos jogos. “Iniciei após começar a participar dos jogos da Chapecoense em 2013 como gandula. Foi através de convites de outras […]

O amor ao esporte fez Ericles Izaura Artuzi, de 21 anos, que reside em Xanxerê se tornar a árbitra assistente. Ela iniciou as atividades, em 2013 por meio de convites e hoje atua em diversos jogos.

“Iniciei após começar a participar dos jogos da Chapecoense em 2013 como gandula. Foi através de convites de outras duas irmãs que também fazem parte da arbitragem, aí comecei a participar como delegada, pois na época ainda era menor de idade”.

Segundo ela, atuar em campo de futebol, requer muita responsabilidade, já que as dificuldades são constantes.

“As dificuldades que enfrentam são como de qualquer outra profissão onde o homem é o que ‘comanda’, por exemplo no futebol, até para jogadoras mulheres as oportunidades não surgem como para os homens, nas empresas e de forma geral no mercado de trabalho”.

Preconceito

Atuar com a arbitragem, já fez a jovem receber muitos elogios, mas também passar por ofensas.

“Uma coisa que percebo dentro de campo é o próprio preconceito de outras mulheres, digo, torcedoras, já ouvi coisas desnecessárias de homens sim, mas de mulheres mais ainda, e pode acreditar, atinge muito mais que ouvir de um homem. Já ouvi coisas do tipo: Porque você não está em casa? Ou vai lavar a louça e pilotar um fogão”, comenta.

Motivação

Ericles diz que o que lhe motivou a atura na área foi seu amor ao esporte. “Desde sempre fui envolvida com esporte. Meus pais sempre me incentivaram a praticar, a ingressar na graduação de Educação Física. Eu acredito que não tenho outro caminho a não ser seguir com algum esporte na minha vida, e hoje meu esporte é a arbitragem”.

O amor a profissão faz com que a jovem prossiga com a carreira. “O que me motiva hoje ainda é o gostar do esporte. A arbitragem tem muitos pontos negativos, entre eles viver sob pressão, ofensas, críticas, ficar fora de casa basicamente todo fim de semana, mas, o que com certeza motiva é você se sentir realizada fazendo aquilo que gosta. O segredo está em gostar do que se faz, a partir do momento que não tiver mais o friozinho na barriga, acredito que é hora de seguir outro rumo”.

Sonho

Atuando como árbitra assistente, Ericles tem o sonho de atuar com o escudo da CBF e FIFA.

“Cada jogo é um jogo. Neste ano, tive muitas oportunidades e tentei aproveitar o máximo cada uma delas. Em relação a campeonatos, FCF me proporciona as melhores oportunidades, tive minha primeira participação no catarinense sub 20, além da base do infantil e juvenil e o Catarinense Feminino, além do Estadual de Amadores Fase Oeste. Minha perspectiva é ir sempre conquistando mais e mais, como o Catarinense Série B e posteriormente Série A e claro, sonhar alto com escudo CBF e FIFA”.

Além de Arbitra Assistente da FCF, Ericles trabalha na LEX (Liga Esportiva Xanxerense) e Lof7 (Liga Oeste de Futebol 7, de Chapecó).

 

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