Nesta segunda-feira (19), o céu do oeste catarinense foi marcado por uma tonalidade esbranquiçada, resultado da fumaça vinda das queimadas na Amazônia e no Brasil Central. Esse fenômeno é típico desta época do ano e pode afetar a visibilidade e a qualidade do ar no estado, o que ressalta a necessidade de monitoramento contínuo. A Defesa Civil de Santa Catarina destacou em nota a importância de estar atento à saúde, especialmente entre grupos vulneráveis.

É importante diferenciar a presença de fumaça de outros fenômenos atmosféricos que também influenciam a visibilidade. Imagens de satélite têm mostrado distinções claras entre a nebulosidade, a fumaça e os nevoeiros. Desde a última sexta-feira (16), o oeste de Santa Catarina esteve sob maior cobertura de nuvens, enquanto no Alto Vale do Itajaí e no Litoral Norte foram registrados nevoeiros. Nas regiões dos Planaltos e demais áreas litorâneas, onde não houve nuvens, a fumaça se destacou mais.

O cenário de fumaça em Santa Catarina ocorre após a Floresta Amazônica registrar o maior número de queimadas para o mês de julho desde 2005. Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) revelam que, entre 1º e 31 de julho, foram identificados 11.145 focos de queimadas na região, influenciando diretamente a qualidade do ar em estados como Santa Catarina. A Defesa Civil alerta para a baixa umidade relativa do ar, que pode ficar abaixo de 30% durante a tarde, e recomenda cuidados redobrados com a saúde.