Saúde

Gustavo Mota | 13/12/2024 08:44

13/12/2024 08:44

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Jovem paraplégico após acidente de trabalho inspira superação e resiliência em hospital de Ponte Serrada

Jovem internado há quase um ano em Ponte Serrada motiva outros pacientes

Juliano Bormann, de 29 anos, transformou a tragédia de um acidente de trabalho em um exemplo de superação. Internado há quase um ano na Unidade de Cuidados Prolongados (UCP) do Hospital Santa Luzia, em Ponte Serrada, o jovem chapecoense tem encontrado forças para inspirar outras pessoas por meio de vídeos motivacionais.

O acidente ocorreu em fevereiro de 2023, enquanto ele realizava um serviço de pintura em Chapecó. A escada de alumínio em que estava encostou em uma rede de alta tensão, provocando um choque elétrico que o fez despencar e bater a cabeça no chão. Juliano sofreu traumatismo craniano, queimaduras e ficou paraplégico, além de ter perdido parte da mobilidade dos braços.

Após três meses em coma na UTI do Hospital Regional do Oeste (HRO) e enfrentar uma bactéria multirresistente, ele foi transferido para São Carlos, onde iniciou a difícil jornada de aceitação das limitações. Em janeiro deste ano, chegou à UCP de Ponte Serrada para continuar o tratamento com a equipe do Hospital Santa Luzia.

No quarto 9 da UCP, que se tornou seu lar temporário, Juliano começou a gravar vídeos contando sua história de vida, motivado por um dos médicos. Com apoio das enfermeiras e dos profissionais de saúde, ele usa suas experiências para incentivar outras pessoas que enfrentam desafios similares.

Além de seu conteúdo motivacional, o espaço onde está internado reflete sua personalidade. Juliano coleciona bonés comprados pela internet e pede que a equipe médica os assine, como uma lembrança da jornada de recuperação e gratidão.

Juliano foi o primeiro paciente admitido na recém-inaugurada UCP do Hospital Santa Luzia, que desde janeiro já atendeu 68 pessoas com sequelas clínicas, traumatológicas e neurológicas. Com foco em planos de reabilitação personalizados e uma abordagem multidisciplinar, a unidade tem demonstrado resultados promissores. Atualmente, Juliano já recuperou 10% da mobilidade dos braços, fruto das sessões de fisioterapia contínuas.

Sua história de luta e resiliência simboliza a importância dos cuidados humanizados e serve como um exemplo para a comunidade sobre a eficácia do trabalho desenvolvido pela instituição.

(Fonte: Oeste Mais)

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