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Lance Notícias | 25/07/2021 08:45

25/07/2021 08:45

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Apaixonada por dirigir, faxinalense se torna caminhoneira e viaja por todo o Brasil

Taxada como uma profissão masculina, a função de caminhoneiro, por muito tempo, foi dominada pelos homens. Contudo, esse cenário tem ficado cada vez mais no passado, já que muitas mulheres têm optado por enfrentar o preconceito e trabalhar naquilo de que gostam, tornando-se, assim, motoristas profissionais. Esse é o caso da faxinalense Clair Bettu, de […]

Apaixonada por dirigir, faxinalense se torna caminhoneira e viaja por todo o Brasil

Taxada como uma profissão masculina, a função de caminhoneiro, por muito tempo, foi dominada pelos homens. Contudo, esse cenário tem ficado cada vez mais no passado, já que muitas mulheres têm optado por enfrentar o preconceito e trabalhar naquilo de que gostam, tornando-se, assim, motoristas profissionais.

Esse é o caso da faxinalense Clair Bettu, de 38 anos. Há cerca de quatro anos ela aceitou um novo desafio: percorrer o Brasil sendo motorista. A paixão por dirigir vem desde a retirada da primeira habilitação.

– Eu sempre fui apaixonada por dirigir, desde a minha primeira habilitação. Sempre tive essa paixão grande. Comecei a dirigir com transporte profissional com ônibus, onde eu fazia o transporte de Ponte Serrada a Lindóia do Sul, essa foi minha primeira experiência profissional. Depois que parou o transporte de ônibus, aí decidi mudar. Já tinha experimentado dirigir o caminhão, então optei por alterar minha carteira para começar a trabalhar. A minha primeira experiência foi com um caminhão carreta de Xaxim, mas por ficar muito tempo fora, não me adaptei. Entrei em outra transportadora de Chapecó, mas também as viagens eram muito longe e devido a minha família, desisti novamente. O caminhão é viciante, depois de experimentar, não conseguimos mais parar. Passou-se um tempo e descobri que tinha uma vaga na empresa de Faxinal dos Guedes, na Bragagnolo e ali fui a primeira mulher contratada da empresa para ser caminhoneira e estou até hoje – comenta.

Apesar de isso já ser uma conquista que merece ser comemorada, ainda existem muitos desafios que precisam ser superados.

– Quando eu falei com meus pais que ia para estrada, eles não aceitaram na hora, devido aos perigos, mas com o passar o tempo todos aceitaram e agora todos se sentem orgulhosos de eu estar na estrada e sempre me apoiam no que é preciso. Até hoje não sofri preconceito, os homens estão aceitando bem mais as mulheres neste meio. Eu, graças a Deus, onde eu sempre fui, sempre sou bem recebida e sempre recebo ajuda – frisa.

Atualmente, as viagens que a faxinalense realiza são para: Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Rondônia.

– O mais difícil é a saudade de casa, distância de casa, dos filhos. A saudade é sempre grande, porque essa profissão nos deixa em uma vida mais sozinha, mais solitária. A gente aprende a lidar com os sentimentos, aprendemos a lidar com a saudade, aprende a ter mais paciência, aprende a conviver e fazer novas amizades. A nossa vida muda totalmente – conclui.

Dia do Colono e Motorista

Nesse dia 25 de julho, em que se comemora o Dia do Colono e Motorista, o Lance Notícias aproveita para homenagear essa classe que contorna a saudade da família, desvia dos buracos da vida e transporta o sustento desse país.

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