No Dia Mundial de Combate ao Trabalho Infantil, em 12 de junho, são destacados os desafios enfrentados para erradicar essa prática. Dados recentes revelam que, no Brasil, ainda há cerca de 1,8 milhão de crianças e adolescentes, entre 5 e 17 anos, trabalhando, o que corresponde a 4,6% dessa faixa etária. Desse total, a maioria são meninos negros, sendo 21,3% com idade entre 5 e 13 anos, 25% entre 14 e 15 anos, e 53,7% entre 16 e 17 anos.
As atividades agrícolas concentram cerca de 20,6% dos trabalhadores infantojuvenis, apesar de não ser o setor com o maior número de crianças exploradas. No entanto, é preocupante que 41,9% dessas crianças trabalhem na agricultura, uma das piores formas de trabalho infantil devido ao uso de maquinário perigoso e contato com agrotóxicos, expondo-as a condições perigosas e insalubres por baixos pagamentos.
Além disso, aproximadamente 706 mil crianças e adolescentes estão envolvidos em ocupações classificadas como piores formas de trabalho infantil, representando 45,8% do total de trabalhadores nessa faixa etária. Entre essas atividades, os afazeres domésticos e o cuidado de pessoas são predominantes, totalizando 19,8 milhões de crianças, principalmente meninas, na faixa etária de 16 e 17 anos.
É essencial adotar medidas imediatas e eficazes por parte do Poder Público para combater essa realidade, garantindo o acesso à educação, saúde e uma infância livre de exploração para todas as crianças e adolescentes. A atuação conjunta de diversos setores, como assistência social, educação, saúde, direitos humanos e trabalho, é fundamental para prevenir e erradicar o trabalho infantil em níveis estaduais e municipais, promovendo assim um futuro mais inclusivo e seguro para as novas gerações.