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Natan Lucas Canal | 17/03/2022 18:32

17/03/2022 18:32

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Dia do Agente Funerário: desde os sete anos, mulher se dedica à profissão

Trabalhar como agente funerário significa que você dedica o seu tempo às pessoas que vivem o luto e lamentam uma perda em sua vida. São pessoas que carregam consigo uma empatia incrível e o saber de respeitar a dor do outro. Esse é o caso da Shirlei Giroletta, de 34 anos, que é natural de […]

Dia do Agente Funerário: desde os sete anos, mulher se dedica à profissão

Trabalhar como agente funerário significa que você dedica o seu tempo às pessoas que vivem o luto e lamentam uma perda em sua vida. São pessoas que carregam consigo uma empatia incrível e o saber de respeitar a dor do outro. Esse é o caso da Shirlei Giroletta, de 34 anos, que é natural de Xanxerê e dedica sua profissão a agente funerária.

A Funerária Giroletta é um negocio de família, que começou com os pais de Shirlei, Jacir e Lucia, e com isso ela e seus irmãos sempre tiveram esse ramo bem presente em suas vidas, porém ela foi a que mais adquiriu amor pela profissão.

— Com apenas sete anos já ajudava ele, a montar a sala de velório, levar coroas, flores, entre outras coisas, mas só com 13 anos que comecei a ajudar realmente com pessoas falecidas — fala.

Com o passar dos anos, Shirlei trabalhou fora da funerária, mas acabou voltando há cerca de 14 anos atrás para cuidar dos negócios da família.

Após dois anos que retornou para Xanxerê, ingressou na faculdade de Direito por que seu pai não apoiava a decisão da filha em seguir na profissão de agente funerária, pois era algo que iria exigir bastante tempo e iria privar ela de muita coisa.

Quando Shirlei estava na faculdade, acabou perdendo sua mãe e com isso trocou de curso, pois não era aquilo que queria, então foi à Curitiba para se tornar uma profissional no ramo da Tanatopraxia, curso que oferece técnicas que resgatam a boa fisionomia do falecido, preparam e conservam o corpo para a cerimônia fúnebre.

Ela voltou de Curitiba e continuou na funerária, seu irmão também voltou para o ramo e também foi fazer o curso de Tanatopraxia para virar profissional, assim eles trabalham juntos. Seu pai se aposentou e foi viver a vida, deixando o negócio nas mãos dos filhos, que administram até hoje.

— Já vi pais perdendo filho e filhos perdendo pais, mas o que mais me marca é morte de crianças, temos que ser fortes para essa profissão, por que além de todo trabalho como agente funerário, temos que ser um ombro amigo, naquele momento mais delicado da vida e com o passar dos anos vamos aprendendo controlar os sentimentos — destaca.

Ela deixa um recado para as pessoas:

— Agradeço todos os dias pelo dom da profissão, por que aprendo lições da vida por meio da morte, e a forma mais linda  é aprender sobre a vida cuidando dessas pessoas e depois vendo a familia falar que gostou da organização e do cuidado que tivemos para preparar o ambiente para aquele momento difícil, devemos valorizar as pequenas coisas da vida, amar o próximo e se doar ao outro para assim receber coisas boas — ressalta.

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